Se antigamente a gestão financeira era feita entre planilhas e papéis, hoje o Open Finance transformou não só a forma de interagir com bancos, mas também a maneira de compartilhar informações sensíveis. A segurança parece sempre vir à mente quando falamos desse novo universo financeiro, e não sem razão. Afinal, estamos falando sobre dados: o combustível das decisões empresariais e, em muitos casos, pessoais.
O crescimento do Open Finance e o desafio da segurança
O Open Finance no Brasil não para de crescer. Em apenas dois anos, houve mais de 17 milhões de consentimentos ativos e 11 milhões de consumidores participantes. Só no primeiro semestre de 2024, mais de 42 milhões de pessoas autorizaram o compartilhamento dos seus dados. Esse avanço coloca o Brasil ao lado de mercados líderes globais, mas, como mostra o Open Finance Maturity Index Brasil 2024, a confiança ainda é construída a cada etapa, principalmente quando o tema é o armazenamento e trânsito de dados pessoais e bancários.
Segurança nunca é um detalhe: ela é o ponto de partida.
E se já parece complexo para uma pessoa física, imagine para PMEs, escritórios contábeis e indústrias que confiam em plataformas como a Openi para centralizar e automatizar toda a rotina – desde lançamentos até conciliação bancária. Não basta garantir integração: é preciso ter certeza de que cada processo está protegido.
Camadas de segurança nas integrações Open Finance
Ao falar em segurança no Open Finance, cada camada importa. A proteção acontece em estágios, desde a requisição da informação até o seu armazenamento e uso. Segue uma lista das camadas mais relevantes nessas integrações:
- Autenticação robusta: O usuário precisa se identificar com múltiplos fatores. Não basta só senha, é preciso confirmar a identidade via tokens ou biometria.
- Criptografia ponta a ponta: Todos os dados que trafegam entre bancos, Openi ou sistemas externos são sempre criptografados com padrões avançados (TLS 1.3, por exemplo), tornando ilegível qualquer interceptação.
- Controle de acesso baseado em consentimento: Nada é compartilhado sem a aprovação explícita do titular. Cada permissão tem prazo, finalidade e pode ser revogada a qualquer momento, garantindo sempre a autonomia sobre os dados.
- Segmentação e isolamento de dados: Dados de pessoas físicas e jurídicas são sempre separados, com acessos restritos por perfil e regras específicas para sistemas integrados.
- Logs de atividade detalhados: Cada acesso, tentativa de integração e movimentação de dado é registrada para auditoria e rastreabilidade imediata em caso de incidente.
Protocolos e regulamentação: o papel do Banco Central
O Banco Central do Brasil é o principal fiador das regras do Open Finance nacional. Desde o início do projeto, estabelece normas que disciplinam como as instituições devem proteger, compartilhar e armazenar informações. Suas exigências podem ser conhecidas a partir de diretrizes detalhadas no manual de medidas de segurança, com parâmetros claros:
- Compartilhamento de dados exclusivamente por APIs seguras e criptografadas.
- Consentimento informado, detalhando prazos e escopo de acesso.
- Auditoria obrigatória dos sistemas, com revisões frequentes e registro de incidentes.
- Monitoramento sob diretrizes específicas, incluindo critérios, métricas e sanções, conforme o manual do Banco Central lançado em dezembro de 2023 relatou.
Esses requisitos criam uma camada de proteção institucional que não depende apenas da boa vontade das empresas, mas de fiscalização contínua.
Como dados bancários são protegidos na prática
Às vezes, só entendemos a robustez de todo o processo quando olhamos para exemplos concretos. Então, imagine a seguinte rotina: uma empresa deseja integrar seu sistema contábil (como TOTVS ou SAP) à plataforma Openi, para conciliar seus saldos bancários automaticamente.
Primeiro, é solicitado o consentimento do cliente, delimitando quais contas e operações podem ser acessadas. Esse consentimento é armazenado, monitorado e pode ser cancelado a qualquer instante.
Na sequência, toda a comunicação entre sistemas acontece por meio de APIs criptografadas. Mesmo que algum invasor tentasse interceptar o tráfego, encontraria apenas dados cifrados, praticamente impossíveis de decifrar sem as chaves adequadas.
Os próprios sistemas de bancos conectados à Openi também seguem padrões de avaliação e testes definidos pelo Banco Central, tornando qualquer tentativa de acesso indevido um caminho repleto de barreiras técnicas e legais.
Consentimento, criptografia e auditoria: o tripé da proteção.
Como avaliar a segurança de parceiros tecnológicos
A escolha de uma empresa parceira, seja uma fintech ou uma plataforma de automação financeira, deve ir além do marketing. Algumas recomendações para checar a conformidade de segurança:
- Verifique se a solução é atualizada constantemente, acompanhando cada diretriz do Banco Central.
- Avalie se ela oferece transparência total sobre o ciclo de vida dos dados.
- Confira se realiza testes de vulnerabilidade periódicos e auditorias independentes.
- Cheque se possui protocolos claros de resposta a incidentes e políticas robustas de backup e recuperação.
- Confirme que há separação clara de dados, seguindo a LGPD e segmentação entre pessoas físicas e jurídicas.
A Openi, por exemplo, assume o compromisso de integrar mais de 800 instituições com automações personalizadas e controle absoluto sobre consentimento e revogação de acesso, sempre alinhada às exigências regulatórias.
Como reduzir riscos de vazamento de dados
Risco zero é uma promessa impossível, mas os controles certos reduzem drasticamente qualquer ameaça. Veja ações importantes para mitigar riscos:
- Auditorias frequentes: Auditorias internas e externas identificam vulnerabilidades antes que se tornem brechas reais.
- Testes regulares: Simulações conhecidas como testes de penetração mostram se hackers conseguiriam ultrapassar as barreiras do sistema.
- Monitoramento em tempo real: Soluções aperfeiçoadas de monitoramento detectam acessos suspeitos e bloqueiam ações automaticamente.
- Treinamento contínuo: A ponta humana é sempre a mais sensível, então treinamentos constantes sobre boas práticas são indispensáveis.
- Respostas rápidas: Caso algo seja detectado, times de resposta devem agir imediatamente para isolar a ameaça e evitar danos maiores.
Outro ponto pouco visível, mas fundamental, é garantir que apenas colaboradores autorizados toquem nos sistemas críticos. Cada credencial extra é um possível ponto de ataque.
Mitigar riscos exige um olhar atento aos detalhes do dia a dia.
Testes de vulnerabilidade e auditoria: como funcionam?
Testes de vulnerabilidade nada mais são do que exames minuciosos em busca de falhas nos sistemas. Eles costumam ser feitos periodicamente e de várias formas: automatizadas e manuais. O objetivo é antecipar possíveis ataques externos e corrigir pontos fracos rapidamente.
As auditorias, por sua vez, envolvem análise dos processos, da rastreabilidade dos dados e da conformidade com as regulações do Banco Central e LGPD. Elas dão mais transparência e ajudam a construir confiança para quem depende do Open Finance, seja cliente final, gestor contábil ou empresa.
Plataformas comprometidas, como a Openi, investem em auditorias externas e revisões profundas para garantir que tudo esteja em total sintonia com os padrões nacionais e internacionais.
Conclusão
O Open Finance, ao mesmo tempo em que oferece novas possibilidades de integração e automação, impõe grandes responsabilidades quando falamos em proteção de dados. Com camadas de segurança técnicas, protocolos bem definidos e constante fiscalização do Banco Central, o ecossistema se mostra cada vez mais seguro, mas nunca imune.
Ao escolher parceiros confiáveis como a Openi e adotar práticas sólidas de monitoramento e auditoria, a segurança deixa de ser um obstáculo e se torna parte natural do processo financeiro. Se quer conhecer mais sobre como a Openi pode impulsionar a gestão financeira da sua empresa com segurança e simplicidade, fale conosco e descubra as soluções que vão além da promessa.
Perguntas frequentes sobre segurança no Open Finance
O que é Open Finance?
Open Finance é um sistema financeiro aberto em que bancos, fintechs e instituições autorizadas compartilham dados – sempre com o consentimento do cliente – para criar soluções automáticas e personalizadas. No Brasil, o Open Finance destaca-se por integrar diferentes serviços financeiros sob regras rígidas de segurança e proteção de dados.
Como proteger meus dados no Open Finance?
Para proteger seus dados, escolha plataformas reconhecidas e que estejam em total conformidade com as normas do Banco Central e LGPD. Confirme a política de consentimento, revise o histórico de integrações autorizadas e, se necessário, revogue autorizações antigas. O cliente pode (e deve!) checar se há atualizações de segurança frequentes e treinamentos para usuários.
Quais são os riscos do Open Finance?
Riscos existem, principalmente se houver negligência por parte de usuários ou instituições quanto às boas práticas de segurança. Os principais riscos envolvem vazamentos de dados em caso de falhas técnicas, phishing, engenharia social e uso inadequado de permissões. Mas, com processos bem auditados e estrutura de segurança avançada, essas ameaças se tornam cada vez menos frequentes.
É seguro compartilhar dados no Open Finance?
Sim, desde que as instituições participantes sigam todas as diretrizes do Banco Central e adotem múltiplas camadas de segurança. O compartilhamento acontece apenas com autorização explícita do usuário, uso de criptografia nas trocas e monitoramento contínuo. Plataformas sérias como a Openi oferecem transparência sobre cada etapa da jornada dos dados.
Quem pode acessar meus dados no Open Finance?
Somente instituições autorizadas pelo Banco Central e que tenham recebido consentimento válido do titular podem acessar os dados. O acesso é restrito ao escopo permitido, por tempo determinado e sempre pode ser cancelado pelo cliente a qualquer momento.