Empresa conferindo dados de segurança em computador para evitar golpe do Pix

Recentemente, venho acompanhando relatos de empresas e escritórios de contabilidade sobre prejuízos crescentes envolvendo fraudes digitais. Não é surpresa, pois, segundo dados do Banco Central, o Pix esteve envolvido em 4,7 milhões de fraudes apenas em 2024, somando R$ 6,5 bilhões em perdas – das quais só 7% foram recuperadas. Como profissional que trabalha diariamente com finanças e integração bancária usando soluções como a Openi, acredito ser importante detalhar, em primeira pessoa, como evitar cair nesses riscos e proteger o fluxo financeiro das empresas.

Contador analisando transações bancárias em um computador moderno Golpes mais comuns usando Pix e seus impactos

É fundamental reconhecer os diferentes tipos de fraudes. Nas minhas trocas com clientes, vejo que alguns são mais frequentes e perigosos. Vou destacar os principais:

  • Phishing e links falsos: Fraudadores criam e-mails, sites ou mensagens SMS imitando bancos ou fornecedores. Ao clicar, a vítima é induzida a digitar credenciais que vão direto para criminosos.
  • Perfis falsos e clonagem de WhatsApp: Recebi recentemente um contato de um suposto fornecedor pelo WhatsApp, pedindo um Pix “urgente”. Era uma clonagem do número.
  • Golpe do Pix errado: Alguém afirma ter enviado um valor por engano e pede devolução imediata. A empresa, sem checar, devolve – e depois descobre que nada entrou na conta.
  • Fraudes de devolução: Em escritórios de contabilidade, já vi casos onde solicitantes usam documentos falsos para pedir o reembolso de transferências legítimas ou simuladas.

Esses golpes afetam fortemente empresas e contadores, resultam em prejuízos médios de R$ 5.200 para companhias, valor bastante superior ao do público comum (segundo estudo jornalístico recente).

Como eles afetam a rotina financeira da empresa?

Na prática, esses crimes causam mais do que perdas financeiras. Geram incerteza, desconfiança entre parceiros e clientes, sobrecarregam profissionais administrativos e podem criar problemas fiscais. Isso fica ainda mais evidente em escritórios que cuidam de múltiplos CNPJs ou setores financeiros maiores – já acompanhei a paralisação de liberações de pagamentos durante investigações internas após um golpe desse tipo.

Pequenos descuidos podem virar grandes prejuízos.

Como se proteger de ataques e transferências fraudulentas?

Mecanismo Especial de Devolução: use com atenção

O Banco Central criou o Mecanismo Especial de Devolução, mas é importante não se precipitar. Antes de aceitar qualquer devolução pedida por Pix, confirme se o valor realmente entrou e de onde ele veio. Buscar identificar o remetente e conferir os extratos, questionando eventuais inconsistências, pode evitar cair em golpes do tipo Pix errado.

Confirme a identidade em toda transação

Eu costumo instruir meus clientes: nunca faça transferências, especialmente as emergenciais, sem confirmar por outro canal de contato – um telefonema ou uma mensagem de vídeo, por exemplo.

  • Evite responder mensagens pedindo dinheiro que chegam de números desconhecidos.
  • Solicite sempre dados completos do pagador e do recebedor.

Atenção máxima com links e QR Codes

Golpistas evoluem rápido. Recentemente, topei com um QR Code colado na portaria de um prédio que indicava o pagamento do condomínio – na dúvida, chequei na portaria oficial e descobri ser falso. Então, tenha sempre cautela com links vindos de e-mails, redes sociais ou QR Codes fora de ambientes oficiais.

Pessoa conferindo dados bancários em smartphone antes de transferir Pix Boas práticas para equipes e integrações financeiras

Em minha experiência, treinar equipes é um divisor de águas. As fraudes digitais aumentaram 80% de um ano para outro, e pesquisa da FEBRABAN mostra que 38% dos brasileiros já foram vítimas ou tentaram golpes bancários, sendo o Pix citado por 16% deles. Por isso:

  • Realize treinamentos frequentes. Simule situações reais, como recebimento de pedidos de transferência ou phishing, para identificar gaps na prevenção.
  • Adote autenticação em dois fatores e senhas complexas.
  • Mantenha sistemas bancários e de gestão sempre atualizados.
  • Dê preferência a integrações automáticas via Open Finance, como oferecidas pela Openi, que eliminam processos manuais e reduzem falhas humanas.

Automatizar lançamentos e conciliação, ao meu ver, reduz o risco de erros e de fraudes internas, já que tudo fica registrado e auditável. Integrar sistemas como TOTVS, SAP ou Oracle usando soluções seguras e compliance com a LGPD, além de proteger que a rotina se encaixe nas normas do Banco Central, é um passo essencial.

Monitoramento de transações e resposta a incidentes

Manter um olhar atento sobre as transações digitais e agir rápido faz diferença. Não espere o fechamento do mês para detectar anomalias. Aqui está o que costumo recomendar:

  1. Ative notificações automáticas de entradas e saídas em contas bancárias.
  2. Configure filtros para identificar transferências suspeitas, muitas vezes de valores altos ou horários fora do padrão.
  3. Documente e comunique incidentes rapidamente à instituição financeira e, se necessário, às autoridades.

No meu dia a dia, vi empresas que conseguiram reverter fraudes agindo nos primeiros minutos após perceber o desvio. E, sinceramente, quanto mais rápido, maior a chance de êxito.

Cuidados que não podem faltar para evitar o próximo golpe

  • Oriente toda a equipe sobre a importância da conferência de dados antes de aprovar transferências.
  • Centralize extratos e relatórios em uma única plataforma para facilitar a checagem.
  • Solicite que as devoluções de recursos por Pix só sejam autorizadas por múltiplos responsáveis.

Estudos recentes indicam que, sem essas práticas, o Brasil pode ultrapassar R$ 12 bilhões em perdas até 2028 (de acordo com estimativas de 2023). Não consigo deixar de pensar que a automação e integração realmente vieram para evitar parte desse cenário.

Conclusão

No fim das contas, não há segredo: o melhor caminho para evitar golpes com Pix é educar, monitorar com atenção, adotar tecnologia confiável e cumprir as normas do Banco Central e da LGPD. Se você quer transformar de fato a segurança financeira do seu negócio ou do escritório onde atua, recomendo conhecer a Openi e conversar com nossos especialistas. Assim, você protege a empresa, ganha tempo e deixa a equipe mais tranquila.

Perguntas frequentes sobre segurança Pix

Como saber se um Pix é seguro?

Conferir sempre o nome do recebedor, CNPJ/CPF, valor e propósito da transferência antes de aprovar. Se houver qualquer dúvida, utilize um canal alternativo de contato para confirmar o pedido.

Quais sinais indicam golpe do Pix?

Pedidos urgentes, pressa para devoluções, mensagens de números desconhecidos e mudanças repentinas nas informações bancárias são indícios claros de fraude.

Como proteger minha empresa de fraudes Pix?

Treine funcionários, implante autenticação em duas etapas, integre sistemas financeiros com plataformas seguras como a Openi, monitore transações e mantenha políticas internas claras.

O que fazer se cair em golpe no Pix?

Comunique imediatamente o banco, registre boletim de ocorrência e acione o Mecanismo Especial de Devolução. Quanto antes agir, melhores as chances de recuperar o valor.

Quais são as melhores práticas de segurança Pix?

Sempre conferir dados antes de transferir, manter sistemas seguros, usar autenticação multifatorial, treinar equipes e validar devoluções por múltiplos canais são ações fundamentais.

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Beatriz Galvão

Sobre o Autor

Beatriz Galvão

Beatriz Galvão atua há anos no universo de tecnologia e inovação, especialmente interessada em soluções que otimizam rotinas empresariais e conectam sistemas financeiros. Ela dedica-se a compartilhar conhecimento sobre automação, integração e transformação digital para empresas de todos os portes. Acredita no potencial do Open Finance para simplificar operações, aumentar a produtividade e entregar valor real para negócios dos mais diversos segmentos.

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